Gorjeiam as gaivotas num baile estonteante, no amanhecer de mais um dia de nostalgia. E há palavras relutantes que se debruçam na janela do pensamento almejando o voo das aves e a dança das folhas de Outono que caem lentamente no tapete do coração. E o silêncio interior é um poema de luz, é uma brisa fresca que acaricia o papel dos sentidos varrendo as folhas murchas da mente e de tantos sentimentos ressentidos.
Talvez
o vento da (des)ilusão mude de rumo e as portas permaneçam desobstruídas para
adentrar a harmonia no aconchego de uma paz profetizada.
Talvez um dia, brotem flores nos jardins da alma... e uma rosa preciosa floresça numa viagem encantada de sonhos entrelaçados.
Talvez os corações reaprendam o
significado da palavra alegria e continuem a sorrir mesmo com os espinhos da
vida.
Autoria: Fanny Costa