Um pássaro… um gorjeio… um som na
magia da solidão! Um infinito desenhado no outro lado do mundo onde escreves os
teus sonhos e onde eu oculto os meus.
Dou-te a mão do meu silêncio e caminho contigo nas veredas que se cruzam
e onde os violinos da Alma tocam harmoniosamente. Nasce o poema na aurora do
Sentir… timidamente danças nos meus braços sem que me percebas e o meu sorriso
floresce no bosque secreto das quimeras.
Mas subitamente o pássaro deixa
de cantar. O gorjeio extingue-se com o vento gélido que arrefece a magia do
silêncio. Regresso ao finito inconstante da minha existência e não vislumbro os
sonhos que entrelacei aos teus… não leio o poema que brotou no coração do
Universo… e as minhas mãos estão vazias de ti… sem a melodia que nos enleava
naquela valsa maravilhada onde o amor despontava em cada flor que sorria.
Regresso a este mundo… sem entendimento...
Ecoa nos vales longínquos este
som tão sonhado, esmola do meu querer, asa ferida que não consegue voar para o
bosque encantado, vacuidade do sentir, voo interrompido pela neblina da
perturbação.
Fanny Costa
Parabéns pelas suas palavras tão intensas!
ResponderEliminar=)
Bjinhos
Bom dia!
ResponderEliminarOs seus textos são deveras interessantes. Identifico-me!
Beijo e um excelente dia!
Não faz sentido trilharmos o bosque sagrado das quimeras, com suas sombras fugidias, se não acreditarmos na forte probabilidade de, pelo caminho, poder colher doces e revitalizantes frutos com sabor a vida.
ResponderEliminarSentir, para caminhar
ResponderEliminarViver, para transbordar
(Por entre as margens, é obrigatório conjugar o verbo amar)
Um beijinho, Fanny :)