Há um
cansaço que me acompanha,
enleia-se a
mim sem eu querer.
Desequilibra-me
o corpo, pesa na alma,
ofusca o meu
olhar que já não sabe ver.
Estendo os
braços, mas já não sinto
a brisa
etérea no rosto nem vislumbro
o sorriso do
horizonte nas canções das flores.
Abro as mãos
inabitadas de alento
Fogem-me os
sentidos por entre os dedos,
como os
grãos de areia da praia.
Os sonhos
escapam-se na espuma das ondas
que tudo
leva... sem retorno.
Fanny Costa
Triste... mas muito bonito.
ResponderEliminarAbraço
Grata, querida Elvira. O cansaço às vezes apodera-se dos poetas! Beijinho
EliminarO que o mar leva acaba por trazer de volta, na espuma das ondas, incluindo os sonhos, que são pessoais e intransmissíveis, apesar de se materializarem sob o sentimento da partilha.
ResponderEliminarA vida é mesmo assim, como as marés,emoções vão e vêm... resta a luz que ainda alumia o coração nas noites mais escuras.
EliminarIdentifico-me muito com poemas tristes!
ResponderEliminarBeijinhos- Boa noite!
Cidália, eu inspiro-me na tristeza. Embora nem sempre espelhe o que sinto. Neste caso, sim. Beijinho.
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