sexta-feira, 8 de junho de 2018

Caminhos Cruzados




Olhas o horizonte e não sabes as estrelas que há no céu. Duvidas que as estrelas vivam em ti, mas tu és uma delas, uma porção desse horizonte que vês e não entendes. Nada e ninguém pode enfraquecer a luz que te habita porque a estrela que brilha em ti é demasiado cintilante para esmorecer com a rebelião da tua mente. Crê que os corações que se atravessaram com o teu já estavam destinados, eles contêm códigos, lições que deves descortinar. São aprendizagens necessárias, sábias sejam as explicações e que (quase) tudo possas compreender.

Não lastimes os caminhos trilhados, as neblinas veementes do teu Sentir, o Sol fulgurante que te acalentou e os sorrisos que esqueceste de sorrir porque estavas absorta em cogitações estéreis. Tens em ti todas as (des)ilusões que superaste, por isso não deplores os tropeços do teu Sentir e as lágrimas que germinaram do teu coração magoado… Não foi por teres tombado nos degraus do teu Saber Interior que deixaste de ser Anjo.

Lembra-te que nos caminhos traçados em ti brotam flores, umas mais belas que outras, cada uma com a sua fragrância… e os seus mistérios…  são jardins que (des)conheces e muitas vezes não te levam a parte alguma. Percebe que as flores também murcham, mesmo quando elas vicejavam esplendor… murcham momentos passados apesar do aroma ainda pairar no jardim amargurado do teu Ser… são pedaços de recordações e, às vezes, é preciso varrer as folhas mortas.

Fanny Costa

5 comentários:

  1. Excelente e intenso texto! Amei!!

    Beijo. Bom fim de semana.

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  2. Gostei de ler.
    Um abraço e uma boa semana

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  3. "É preciso varrer as folhas mortas"... Um texto lindíssimo, onde as estrelas e as flores nos desvendam amores e desamores…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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