segunda-feira, 23 de julho de 2018

Abraças o silêncio...



Abraças o silêncio, escutas a melodia da tua voz que se solta do teu coração ávido por um murmúrio de poesia. Tantos dias passam sem que possas visitar o relicário da tua alma e beber o néctar dos sentimentos que vestem de aurora os teus dias cinzentos e sombrios.

Hoje o Sol poisou no teu papel amarrotado, clareou as palavras imersas no vazio da clausura em que vives, hoje o vento soprou ternuras e arejou a dor do teu sentir. Vives encarcerada na liberdade dos teus passos que já se cansam de caminhar.

Onde está o azul que te preenche a essência? Onde estão as paisagens com que sonhas todas as noites quando sucumbes ao sono que te leva para o infinito nas asas do teu sonho?

Olhas e nada vislumbras… és corda solta de um violino ferido… sem melodia!

Amanhece e as tuas asas ausentaram-se. Observas as palavras que esboçam pequenos sorrisos num papel tímido, silente… sussurros de vento que te abençoam as horas e perpetuam a esperança que ainda vive no segredo do teu Ser.

Fanny Costa

3 comentários:

  1. Soberbo texto. AMEI! Muitos parabéns!! :)

    Cascata em ecos de silêncio.

    Beijo e uma excelente Semana!

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  2. Boa tarde!
    "Onde está o azul que te preenche a essência?"
    Lindo isso!
    Tenha dias felizes e abençoados!
    Abraços fraternos de paz e bem

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  3. Gostei muito do texto poético.
    Fanny, gosto das suas composições embelezadas
    com imagens e metáforas muito belas e especiais,
    sem os mistérios da poesia surrealista.
    Foi uma leitura muito agradável.
    Excelente semana.
    ~~~~

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