segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Vida

 


Há momentos em que a escrita fecha as portas, enclausura-se na solidão. Os meus olhos caem perplexos na brancura de um papel isento de sílabas, de palavras. Cogito… e os meus olhos inclinam-se por entre as cortinas que esvoaçam pela janela do meu quarto. Espreito timidamente a paisagem e o meu olhar funde-se na beleza que os meus sentidos presenciam… o murmúrio das brisas, o sol que acende o dia e nos promete a luz do céu… as flores que desabrocham nos jardins silenciosos, cheios de melodia, como se o piano da natureza estivesse a tocar nas teclas do coração… há um milagre chamado vida. 

Eu chamo-lhe o POEMA de Deus.

Fanny Costa

7 comentários:

  1. Pura prosa e doce poesia que muito gostei de ler.
    .
    Feliz inicio de semana.

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  2. Lindo demais,Fanny! E que bela janela pra enfeitar tuas palavras! beijos, chica

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    1. Obrigada Chica!
      De facto, demorei a encontrar uma boa imagem.
      Beijinhos

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  3. da clausura o alvorecer de um outro tempo
    libertará as palavras no exílio da noite
    para em versos iluminar teus pensamentos

    então enxergarás na cartilha das estrelas
    a encantadora delicadeza do firmamento
    e a poesia em brisas emergirá da natureza

    eis agora a vida em seu milagre e resplendor
    nas perfumadas alvoradas do teu coração
    a revelar-te as sílabas misteriosas do amor

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    1. Uau, José Carlos. Fico muito feliz por saber que voltaste a escrever poemas. Muito grata pela tua visita. Beijinhos

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  4. Olá Fanny!
    Sempre gostei muito dos teus textos poéticos contemplativos.
    Este é mais um exemplo do teu talento.
    Simplesmente delicioso!

    Beijinhos.
    A.S.

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