Permaneço na solitude dos dias, embrulhada nos cobertores dos meus pensamentos. Chove lá fora, sinto o conforto dos sonhos que têm o teu nome. Está tanto vento, as árvores tremem de frio. Habituei-me a esta solidão, a esta (in) quietude, a este vazio cheio de ti, sem palavras. Refugio-me nas memórias, rebusco versos perdidos no baú do coração. Sorrio. Olho o horizonte, há lágrimas que escorrem pelas vidraças... Há palavras que se escondem nas páginas de um livro fechado, ainda por ler.
Há melodias e imagens que nos inspiram. Enchem-nos a alma no nosso recolhimento... as palavras começam a voar e a encontrar novos sentidos. Pura alquimia das letras que nos desenha sorrisos no coração e que gostamos de partilhar.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Flor de Outono
Onde estão os versos da tua alma, a música da tua voz a declamar o poema do meu Ser? Procuro-te!
Há uma nostalgia em mim, uma flor tímida oculta no tapete do Outono. Dobram-se os ramos, uma inquietação atenta, uma recordação do frio pelas janelas da alma. Os pássaros não abandonam o céu, mas há um adejar inquieto, trémulo, um olhar furtivo.
Fecho as cortinas, os meus olhos já não têm as estrelas que emolduravam o retrato da noite. A Lua também não veio, hoje! E a flor oculta?
Ainda brotam flores na escuridão?
Fanny Costa
Gostei bastante deste texto. Obrigada pela partilha!:)
ResponderEliminar--
Nos labirintos da minha alma.
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Beijo e um excelente fim de semana.
Obrigada, querida poetisa.
EliminarUm beijinho e uma boa semana
Discorreres sobre a imagem de uma "flor de outono" revela o requinte da tua criatividade. Surge uma flor num tempo onde não são habituais: será a flor nostálgica da tua alma que resiste ao tempo no aconchego do coração, aquela que guarda secretamente os segredos de um nome, aquela flor que delicadamente se abre no conforto dos sonhos, a flor que resiste mesmo à escuridão porque simboliza, por si mesma, a floração da memória, onde reside o relicário dos versos outrora cantados, o canto sempiterno das aves, as estrelas pontualmente emolduradas por nuvens passageiras, riquezas do coração jamais esquecidas.
ResponderEliminarTeu canto, Fanny, é uma contínua primavera de sentidos e sentimentos.
Muita gratidão pelas tuas palavras, tão simpáticas, pela tua alma sensível que compreende a essência dos meus rabiscos. Os teus comentários são autênticas prosas poéticas.
EliminarUma boa semana com muita paz e alegria.
Também gostei de ler! 👏👏👏👏👏
ResponderEliminarEu também gostei da sua visita. Muita gratidão e uma boa semana. 🤗
EliminarRefugiar-se nas memórias. Rebuscar os poemas perdidos no coração. Tantas vezes é aquilo que nos faz bem: reviver antigas lembranças...
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Muita gratidão, querida Graça. Recordar é viver, mas somente quando as lembranças nos fazem sorrir.
EliminarBeijinhos
Olá!
ResponderEliminarGostei muito da sua partilha de memórias «pintadas» com cores outonais.
Hoje aqui na minha zona também chove, e "as árvores tremem de frio"...
Entretanto, passei para lhe dizer que hoje é sua a pétala que, às onze em ponto, aparecerá no Pétalas de Sabedoria.
Obrigada, Fanny.
Beijo, boa semana.
Querida Teresa, muita gratidão pelo seu comentário e pela gentileza de levar as minhas palavras às Pétalas de Sabedoria. Sinto-me uma flor perfumada. Beijinho 🌹😘
EliminarOlá,
ResponderEliminarGostei imenso de te ler.
Tem dias que são um convite ao refúgio nas memórias, a revirar o baú do coração.
Um prazer conhecer seu espaço.
Sônia
Obrigada, Sónia. Que bom receber-te no meu cantinho verde, onde algumas palavras respiram, apesar de alguma nostalgia, esperança.
EliminarUm beijinho 😘
Fanny
ResponderEliminarUma prosa poética fantástica, onde as memórias estão guardadas em teu coração.
Gosto muito destas prosas.
Beijinhos
:)
Querida Piedade, é tão bom receber-te no meu cantinho. Obrigada pela leitura e pelo teu gracioso comentário.
EliminarUm beijinho 😘