O
murmúrio da floresta, a dança das horas remexem os braços das lembranças. Entre
o pensamento e o gesto nascem papoilas nos olhos do sol.
Há
um odor de cores que o arco-íris desenha no papel do horizonte, orvalho de
cetim que transparece no coração da terra. Inocência de violetas azuis, pintura
celestial de uma alvorada que cresce nas brisas do momento, acordes de versos
no poema anunciado pela subtileza dos campos bordados de margaridas brancas.
Há
um mistério que invade a pele dos aromas terrestres, há um vento que traz o
perfume das galáxias que os olhares abrigaram na profundidade dos mares. Olor
eterno, resplandecendo ternura, num toque de asas, nuvens de sonho que
transportam sorrisos em oásis perdidos nos jardins de esperança.
A
alma divaga, erra nas alamedas do Tempo, é uma flor de cristal. A alma
resplandece palavras de brisa, pétalas que se multiplicam em notas de estrelas
pinceladas no céu de um sonho cantado nas margens da lua, abrigadas no segredo
dos instantes almejados.
Autoria:
Fanny Costa
Prosa poética deslumbrante de ler. Li e reli em silêncio e, fascinado, em silêncio me deixei ficar.
ResponderEliminar.
Boa semana …Saudações cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada, Ryc@rdo. Fico feliz que tenha apreciado.
EliminarUm abraço fraterno 🤗
Olá, querida Fanny!
ResponderEliminarEspero que estejas bem e bem longe da Ómicron. Eu estou satisfatória, mas detesto o frio.
Estive de férias e só recomecei a trabalhar dia 10 deste mês e quando assim é, costumo fechar os comentários. É mesmo para descansar.
Falar dos teus textos, neste caso dos teus murmúrios com perfume não é fácil, porque não temos ponta por onde se lhe pegue e temos muitas para puxar para a nossa sensibilidade. Escreves muito bem, mas de forma um pouco abstrata, e por isso tanto estamos acariciando margaridas brancas, como nos deleitando nas brisas que passam e que ficam no nosso olhar, mas o importante é pôr cá fora as tuas belas palavras.
Aparece, ok? Obrigada!
Beijinhos e dias com saúde.
Querida Céu, por acaso fui agraciada com o Omicron! 🙄 Mas nada de especial, uns sintomas ligeiros para quem não foi vacinada.
EliminarQuanto a texto, tenho dias em que escrita de facto é meio abstrata e baralha o leitor. Outras vezes é mais direta e simplificada.
Enfim, são dias... 🤣
Beijinhos e até já 😀
Uma prosa maravilhosa. Parabéns!
ResponderEliminar-
A vida segue pelas veredas do destino
Beijos, e uma excelente semana.
Obrigada minha amiga.
EliminarJá vou ler as tuas poesias.
Beijinhos grandes 😘
Querida Fanny!
ResponderEliminarLamento que o (o ou a?) Ómicron te tenha "beijado", embora de forma quase inconsequente. Felizmente nada que importunasse muito. Ainda bem.
De facto, quando escrevemos, os textos não saem sempre da mesma forma. Depende da inspiração e do estado de espírito, mas isso é compreensível.
Grata pela tua passagem e comentário no meu blog. Eu trato-te por tu, porque acho que te integras na forma de ser dos amigos que tenho. Acho-te reservada e muito sensível. Contudo, se não desejares é só dizeres. Obrigada!
Beijinhos e dias com saúde.
Sim, amiga. Tudo bem em nos tratarmos por "tu", na verdade acho mais familiar e com mais proximidade. Sim sou reservada, muito introspectiva,sensível e com muita empatia.
EliminarObrigada!
Beijo no teu coração ♥
Ora aí está um conceito dificil de imaginar, um murmúrio perfumado.
ResponderEliminarPode ser um murmúrio num contexto perfumado. Isso sim:-)
Trata-se de um recurso expressivo! É precisamente o invulgar, as palavras vestidas de outros sentidos, que torna a escrita surpreendente e bela.
EliminarGostei bastante Beijinhos e um excelente fim de semana
ResponderEliminarUm poema em prosa, muito belo, intenso e muito metafórico. Gostei imenso.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.