A vida corre e nós, loucamente, corremos também. Vivemos
enclausurados entre quatro paredes, de coração fechado para o paraíso que está
do outro lado, sobrevivemos atolados em obrigações e superficialidades.
Quantas flores perfumadas permanecem na solidão dos jardins
sem olhares de candura, de gestos de ternura que abracem a beleza destes trilhos
mágicos? Quantos mares murmuram segredos e ninguém os escuta? Quantas vagas
poderiam acariciar o nosso corpo e proporcionar um alento interior? Quantos
corações choram na clausura do seu Sentir? Vivem amargurados, sem caminhos
traçados, vagueiam nos seus deveres. Escravos dos seus arbítrios, asas
quebradas, remendadas…
Mas…
Quantas almas choram lágrimas de alegria na solidão do
silêncio e veem sorrisos nos jardins revelados no interior da seu Ser? Quantas
vezes sonhamos e abraçamos o horizonte que é só nosso? Temos pássaros dentro de
nós, escondidos que acordam quando adormecemos o pensamento. E aí somos livres,
a nossa casa não tem paredes, o Sol embala a nossa alma cansada e murmura-lhe
Amor.
Quando despertamos para a corrida da vida, levamos em nós esse
murmúrio doce. Guardamos um tesouro íntimo e o nosso sorriso tem agora outro
brilho, sorriem diamantes de Paz.
Fanny Costa
Um lindo e poético texto que tem muita verdade e nos leva a refletir.
ResponderEliminarAbraço
Se for necessário adormecer o pensamento para que os pássaros de sonho ganhem asas e voem livres e felizes, que assim seja.
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarMaravilhoso texto. Intenso e verdadeiro!!
Beijo e um dia feliz!
Gostei muito do texto. Fez-me reflectir no dia a dia.
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Abraço