segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Ausência





Escuto-te neste silêncio e vejo a luz que emana do teu ser. Ao ouvir o teu murmúrio doce… quente, a minha Alma aconchega-se nestas noites gélidas e obscuras.
A noite desnuda-me. Não tenho frio. O receio é uma utopia que afasto do meu pensamento. Saio e passeio por trilhos de solidão onde se veem luzências a piscar pelas janelas dos edifícios. Imagino quantos corações estarão a amar-se no conforto dos lares, sussurrando a palavra Amor. Sorrio triste. Sinto-te. Teimo em ouvir-te como quem se desnuda na escuridão para Amar.
Não estás comigo e vives na minha Alma. Gosto da melodia do silêncio e da quietude das brisas. Medito e encontro-te naquele Éden de papoilas onde corríamos quando nos amávamos entre gargalhadas e beijos de Amor. A tua ausência é uma presença em mim, mesmo que as tuas asas não estejam a enlaçar o meu corpo. As brisas que sopram despenteiam os meus cabelos e sei que elas têm as tuas mãos preenchidas de ti, a ternura que exalas em cada suspiro de saudade.
Sei-te em mim. Vejo-te no baloiçar das árvores que dançam as músicas que vêm de longe, sinto o teu perfume nos jasmins que sorriem para mim. E neste remanso anímico, regresso a casa com os rouxinóis melódicos que me conduzem no seu adejar amoroso.
Sinto os teus abraços e adormeço pela madrugada no sorriso da tua Alma.

Fanny Costa

5 comentários:

  1. Muito belo e poético este seu texto. Gostei imenso.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  2. Um texto de uma beleza imensa.Um texto todo ternura.
    Tenha uma linda semana.
    Élys.

    ResponderEliminar
  3. Boa noite, querida!
    "Gosto da quietude dos silêncios"... Lindo!
    Deus a abençoe muito!
    Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem

    ResponderEliminar

Grata pela sua leitura e o carinho da sua visita.
Volte sempre!