Silêncio, muito
silêncio...somente o murmúrio do mar, o bailado dos galhos das árvores embalado
pelas brisas airosas da alvorada, o chilrear magnânimo dos pássaros que (en)
cantam...
Silêncio, quero escutar a canção
da alma, quero interpretar as vozes que entram no meu espaço sagrado. Abro o
coração para sentir, resguardo tudo o que se passa em mim, tudo o que percorre
os meus sentidos... como um rio que flui nas veias da essência... Há o que
fica, há o que se extingue consoante os desígnios do meu Sentir.
Há pensamentos que ousam entrar
neste relicário interior lembranças, ideias, imagens... deixo que elas esvoacem
como as nuvens brancas que se apartam lentamente no horizonte. Vêm e vão...
mergulho no vácuo quântico e encontro-me de novo com o meu Ser. Flutuo na
"escuridão" do meu mundo, vislumbro estrelas coloridas e deixo-me ir
nas asas do arco-íris, como uma pena, leve e solta. Uma Luz magnânima se
acende, o meu olhar ilumina-se com o esplendor daquela visão enigmática,
daquele Portal de Luz que se abre.... Choro compulsivamente ao mesmo tempo que
as gargalhadas do coração entoam por aquele espaço interior de silêncio.
Um paradoxo de sentimentos, uma
magia que me transporta onde a minha alma quer viajar e onde eu quero ficar.
Vou para o Bosque de Asas Brancas, baloiço nos segredos do vento, tudo está
misteriosamente mais rutilante... as árvores, as flores, as borboletas, as
estrelas, o luar... até as pessoas estão mais resplandecentes, mesmo que ainda
não percecionem.
Vou compreendendo a dualidade da
vida, a alegria, a tristeza… e os obstáculos... consciente da sua impermanência.
Aceito e deixo-me ir, na certeza
que os meus trilhos são os ajustados no movimento etéreo dos meus passos que se
movimentam na imobilidade do meu corpo.
Com este silêncio, meditação,
equanimidade, a mente vai-se sublimando.
Somos cientistas de nós mesmos,
sabedores do invisível, da realidade da nossa natureza genuína, pela nossa
própria vivência de solitude, pela nossa nova ConsCiência.
E ao sublimar, não há mais muros
que inibam a fluidez do amor.... Extingue-se o nevoeiro do olhar, o coração desata
as amarras, voa na alegria, no perdão, na compaixão e as lágrimas que caem são
de pura gratidão.
Fanny Costa
Que lindas tuas palavras, o silêncio nos ajuda a nos encontrarmos, lá no fundinho de cada um de nós!@ Adorei! beijos, lindo fds! chica
ResponderEliminarObrigada, Chica, pelo carinho das tuas palavras. O silêncio é um bálsamo para a nossa alma.
EliminarBeijinhos e bom domingo.
A paz interior e a ascese demonstradas por quem já encontrou o seu caminho de luz passa, sem dúvida, pela utilização correta das ferramentas que o sétimo princípio desejável nos proporciona. E, claro, gostei da humildade revelada no epílogo. Já William Shakespeare um dia disse e muito bem: - " A gratidão é o único tesouro dos humildes".
ResponderEliminarJoão, obrigada pela tua presença, pelo carinho das tuas palavras. A paz interior é a alavanca que precisamos para caminharmos com um sorriso na alma, mesmo que os trilhos sejam pedregosos e difíceis. São o combustível anímico tão essencial para continuar a caminhada. E sim a gratidão é o tesouro de quem tem humildade no coração. Desde o acordar ao deitar...sempre em nós este grandioso sentimento!
EliminarBeijinhos
Este texto é lindíssimo.
ResponderEliminarPara além disso, é uma excelente peça literária.
Fanny, tenha um bom fim de semana.
Beijo.
Muito obrigada, Jaime!
EliminarFico muito feliz com o seu comentáro!
Um bom domingo e início de semana.
Olá!
ResponderEliminarMuito elegante, o seu blog.
Gostei.
Saudações poéticas!
Muito elegante, gostei 😊
EliminarFico muito grata com a sua presença e o carinho do seu comentário.
Saudações poéticas 😊
Fanny!
ResponderEliminarLer-te será sempre para mim um doce prazer. Este maravilhoso texto poético está escrito num notável registo literário, que só está ao alcance de quem, como tu, faz das palavras uma torrente de emoções.
Deixo-te o meu abraço e o meu carinho!
Bom fim de semana.
AL
EliminarAlbino, receber-te na morada das minhas palavras é que é um imenso prazer. Receber um elogio de quem tem o dom da escrita, como tu, é uma honra.
Beijinhos 😘
Através das suas suaves e belas palavras, levou-me também a mim, numa silenciosa meditação, pela procura da minha paz interior.
ResponderEliminarObrigado por este belíssimo momento literário.
Beijinhos
Obrigada, Maria. Que bom saber que me deu a mão e meditou comigo encontrando a paz interior.
EliminarBeijinhos 😘
"Somos cientistas de nós mesmos..."
ResponderEliminarUm princípio equacionador que nos pode levar a qualquer lugar, assim nós o queiramos.
Muito bem, Fanny!
Um beijinho :)
É verdade, AC. Podemos ir a qualquer lugar, basta querer, arranjar o ambiente e ir...
EliminarBeijinhos
Olá Fanny,
ResponderEliminarO silêncio é um valioso eflúvio para nossas vidas.
Beijos! E cuides-se!!!
O valor do silêncio só o sabe quem mergulha nas suas profundezas e se deixa ir...
EliminarBeijinhos e tudo de bom��
O silêncio que habita tudo o que em nós é íntimo e secreto. O silêncio que transmite ao mesmo tempo paz e é aquela chama que brilha dentro do coração... Magnífico texto!
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Obrigada, querida Graça, o silêncio vai de encontro a esse brilho interior, sim...
EliminarUma boa semana.. Muito grata pela sua visita. Beijinhos
OI Fanny, como é bom viajar no silêncio de outra dimensão.
ResponderEliminarLinda a sua postagem!
Tenha uma linda semana.
Élys.
Olá,Élys.
EliminarSão as melbores viagens que podemos fazer. Muito grata pela sua visita.
Beijinhos e uma boa semana
Fanny
ResponderEliminaro texto está delicioso de ler pela beleza nele inserida que nos leva a sentir uma calma e leveza.
a imagem que escolheu para suporte também está em completa sintonia com o texto.
beijinhos
:)
Muita gratidão, querida Piedade. Um abraço com carinho*
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