Não é tristeza. Não é ingratidão! É uma melancolia que percorre os jardins do Sentir. Uma fragrância que se esconde no bailado das folhas que caem no outono da existência. É uma ausência presente nos trilhos cansados. É uma saudade infinda de um futuro que não chega. É uma voz sufocada, um grito nas reticências das quimeras adiadas. O silêncio que espera desesperado. Um tormento apaziguado pelo murmúrio das fontes. Talvez as aves desenhem voos de sol nos horizontes inquietos. Talvez o olhar ainda não se perca nas labaredas da angústia. Talvez as flores ainda brotem nas trepadeiras das águas.
Fanny Costa