Há músicas que nos inspiram, que nos dão colo, são abraços invisíveis que sentimos e, por vezes, brotam lágrimas de emoção, de uma profunda conexão e alegria interior.
🎻Fanny Costa 🎹
Há melodias e imagens que nos inspiram. Enchem-nos a alma no nosso recolhimento... as palavras começam a voar e a encontrar novos sentidos. Pura alquimia das letras que nos desenha sorrisos no coração e que gostamos de partilhar.
Há músicas que nos inspiram, que nos dão colo, são abraços invisíveis que sentimos e, por vezes, brotam lágrimas de emoção, de uma profunda conexão e alegria interior.
🎻Fanny Costa 🎹
Vem...
Esperar-te-ei na estrofe mais bela, sonharei com o verso
mais doce que beijaste e entregaste às brisas meigas do silêncio…
Senti-lo-ei como estrela resplandecente no sorriso discreto
de uma noite clara, enlaçada nos teus (a)braços murmurantes.
Do poema brotarão aromas de sonhos, desenhados na canção do
horizonte…
Almas unidas, felizes, em suave ternura, doce enlevo dos
céus, em sonante doçura.
Autoria: Fanny Costa 🦋
O
murmúrio da floresta, a dança das horas remexem os braços das lembranças. Entre
o pensamento e o gesto nascem papoilas nos olhos do sol.
Há
um odor de cores que o arco-íris desenha no papel do horizonte, orvalho de
cetim que transparece no coração da terra. Inocência de violetas azuis, pintura
celestial de uma alvorada que cresce nas brisas do momento, acordes de versos
no poema anunciado pela subtileza dos campos bordados de margaridas brancas.
Há
um mistério que invade a pele dos aromas terrestres, há um vento que traz o
perfume das galáxias que os olhares abrigaram na profundidade dos mares. Olor
eterno, resplandecendo ternura, num toque de asas, nuvens de sonho que
transportam sorrisos em oásis perdidos nos jardins de esperança.
A
alma divaga, erra nas alamedas do Tempo, é uma flor de cristal. A alma
resplandece palavras de brisa, pétalas que se multiplicam em notas de estrelas
pinceladas no céu de um sonho cantado nas margens da lua, abrigadas no segredo
dos instantes almejados.
Autoria:
Fanny Costa
Corta as amarras do passado que te pesam nos ombros e não tropeces mais na
escuridão dos teus pensamentos. Não vivas no que já passou, não permitas que as
lágrimas te impeçam de ver o sol resplandecente das manhãs. Agora são simples
memórias, arquiva-as no baú do esquecimento! Abençoa-as e vislumbra como elas
foram importantes para moldarem o teu Ser. Sente a pureza da gratidão! Se
olhares bem no espelho do teu coração, verás que já não és a mesma pessoa.
Agora estás mais forte, resiliente e aprendeste a perdoar com a candura da tua
alma. Tu és uma guerreira nesta existência terrena, não consintas que te
prendam as asas, libera o teu Sentir, voa nas alamedas do sonho. Contornaste
tantos obstáculos, choraste, deste gargalhadas de júbilo. A vida é assim, uma
sucessão de regozijo, desalento, penumbra e luminescência. Não permitas
retroceder na tua elevação interior. Se olhares para trás, sorri porque
venceste e prossegue o teu rumo. Olha mais uma vez o espelho do teu Ser, vê
como brilhas, como te tornaste ainda mais bela e serena. Não te importes se
quem te rodeia não perceciona o teu esplendor anímico. Tu sabes!
Agora as tuas lágrimas brotam das estrelas e sorriem amor. O passado não existe
e o futuro também não. Aprecia o encanto do presente. Veste o teu vestido
mais lindo, pinta os teus lábios com o bâton da alegria e penteia os teus
cabelos com o perfume das brisas. Desfruta o milagre da existência e
abraça os instantes mágicos do aqui e agora. Respira Paz! Floresce mesmo antes
da primavera.
O futuro espera por ti e tu sentes saudades dele, lembras-te?
Fanny Costa
Ando
cansada! Sinto-me vazia. Há uma nostalgia que me invade, uma sensação de que
poderia ser mais feliz. Sinto-me fora do meu espaço sagrado, sinto que poderia
dar a mão e o coração a alguém que me acompanhasse nesta minha descoberta
interior. São tão belos os trilhos da alma, são poemas celestiais, são
murmúrios de Deus que nos abraçam e nos fazem sorrir com lágrimas nos olhos.
Adoro a minha solitude, este meu relicário tão encantado. Não há medicação na
farmácia que me cure. Há a Natureza, as plantas, as flores, o mar, as aves...
Demorar-me nesses lugares abençoados, sentir toda a sua magia e ler a poesia
que desponta numa borboleta que pousa no meu braço e as fragrâncias que
percorrem todo o meu corpo... Relaxar simplesmente e tocar o amor no ar, respirar
profundamente, saber sentir, conectar-me com o meu Eu Superior. Há o silêncio
que me envolve e me puxa para um lugar só meu. Há as melodias que me convidam a
flutuar noutra dimensão e me desenham sorrisos na alma. Talvez seja ainda o
momento de experienciar a solitude, esta minha companhia comigo própria...
Talvez no futuro, possa dar as mãos e o coração a alguém que vibre na mesma
frequência vibratória que a minha. Ou talvez seja eu que ainda necessite subir
mais uns degraus da evolução espiritual... Creio na Sabedoria Divina. Medito
com muito amor, vizualizo os meus sonhos como se já estivessem concretizados e
agradeço com muita profundidade. É esta paisagem que os sentidos da alma
necessitam vislumbrar.
Hoje
foi mais um dia em que a saudade do futuro me acenou e disse: "Não
desistas de ti nem do que o teu coração faz vibrar. Luta, acredita... Caminha
mesmo que os trilhos sejam excessivamente sinuosos e difíceis. Nada impedirá o
que já está escrito nas estrelas que te trouxeram a este mundo, sente a tua
missão. Tu nasceste e terás de Renascer. Não receies a mudança, sai da tua zona
de conforto... A Vida espera por ti há tanto tempo! "
Que
os nossos olhos, neste novo dia, consigam vislumbrar a simplicidade e a pureza
do que nos envolve. Que todos nós possamos contemplar o amor nos pequenos
(grandiosos) gestos. Que o belo seja simplesmente aquilo que floresce no nosso
coração para perfumar e embelezar a nossa vida e de quem nos rodeia. Há quem
não entenda que a Felicidade se pode encontrar nas pequenas coisas, como o
sorriso duma flor, o murmúrio do vento, as canções dos pássaros, o voo duma
borboleta... são pinceladas de encantamento, uma fonte inesgotável de
prosperidade e alegria.
Fanny
Costa
Mais um ano a terminar, mais um ciclo que se fecha, muitos laços desfeitos(?) , muitos apegos difíceis de soltar...
O Novo Ano aproxima-se e fazendo a retrospectiva do ano que finda, vislumbro muitas inquietações, muitas tristezas, muitas dúvidas. Não vou negar que o coração dói, mas, estas dores que ninguém vê, eu abraço-as e agradeço todas as aprendizagens que me transmutaram numa pessoa mais consciente e evoluída interiormente.
"Crescer" dói,
enlaçar a solitude, percorrer o vazio, escutar o silêncio e interpretar a
intuição são processos dolorosos, mas simultaneamente libertadores. Quando
percepcionamos e aceitamos as nossas sombras, que muitos não admitem existir
neles próprios, é que podemos contemplar a Luz tão almejada.
Já dizia Rumi com as suas
sábias palavras: "A ferida é por onde a luz entra em ti".
Talvez ainda os dias não
estejam assim tão claros e solarengos como eu tanto desejo. O inv(f)erno tem
sido muito rigoroso, muitas tempestades, muitas inundações nesta alma tão
fragilizada. No campo das emoções, as estações do ano trocam-nos as voltas.
Tombaram pouco a pouco muitas mágoas, muitos desencantos com o Outono do
coração. Tentei varrer as folhas atormentadas e débeis na esperança que esta
nova estação purifique os infortúnios e as agonias. E que nesses espaços
arejados e cristalinos se edifiquem as pontes que me permitirão sentir as
fragrâncias da Primavera e resplandecer com as flores que irão despontar
sorrisos em cada paisagem do meu olhar.
Quero prosseguir o meu
caminho sem arrependimentos, sem culpas, sem ressentimentos. Quero agradecer
todos os desafios que ultrapassei, quero agradecer a todos os anjos terrenos
que me emprestaram as suas asas para que eu não sucumbisse nos abismos do meu
sentir. Quero perdoar a quem me fez mal, a quem traiu a minha confiança e pedir
perdão a quem magoei pela transparência dos meus sentimentos.
Quero, neste novo Ano, banir
tudo o que me fez sofrer e voltar a nascer, rodeada de pessoas que vibrem na
frequência elevada que tanto sonho.
Quero dar a mão a quem me ame
de verdade e vibre comigo na alegria espontânea, sem medos e sem
constrangimentos.
Venha 2022 porque a minha
essência já começou a sorrir...
Feliz Ano Novo!
Feliz Renascer! 🕊️🦋🤍
Mais
um Natal... mais uma oportunidade das famílias se reunirem (apesar da pandemia) e esquecerem os
conflitos, as divergências e abrirem os seus corações para o que realmente
importa: Amor, Harmonia e Paz. Que esta data não seja somente uma ocasião de
trocar prendas e degustar boas receitas de culinária... o mais importante é
abraçar os nossos familiares e amigos com a doçura da nossa alma e desenhar
sorrisos todos os dias do ano. Eu peço SAÚDE ao menino Jesus... porque tudo o
resto virá se abrirmos o nosso coração ao milagre da vida.
Um abraço de alma e coração!
🎅❤🎄💫🎁🎀🕊️
Hoje queria repousar das intempéries do coração, descansar a minha alma numa enseada azul de águas cristalinas e serenas, deixar-me levar pelas velas das brisas mansas, sem destino... apenas ondular em sonhos confortantes, imperecíveis, afagos de eternidade no meu ser...
Hoje
eu queria abrir os braços e voar no vento com as gaivotas, em voos de ascensão
por um horizonte plácido de luz e amor... queria sentir no peito esta realidade
intrínseca que me abraça na imaginação... sentir as gotas límpidas da chuva na
minha face, poder limpar as nódoas que magoam o meu sentir... embriagar-me com
o elixir abençoado da vida.
Tocam
as mesmas músicas no coração... aquelas que nos abraçam e nos levam para o
aconchego da memória... Descortino perfumes de rosas na obscuridade da solidão,
os meus olhos enevoados redescobrem o azul submerso no marasmo do sonho que
quer findar...
Não! Não quero enclaustrar as portas do sonho, o cansaço não vencerá o regozijo de outrora!
Há sorrisos meus que eu esqueci nos atalhos dos crepúsculos, reflexos lunares que tu acarinhas... há gotas da minha alma a escorrer nas pétalas macias dos teus segredos... há um destino que os meus dedos ainda anseiam escrever com as cores eternas do arco-íris...
Os laços invisíveis ligam o meu corpo ao abismo da Razão... mas eles também enlaçam a minha alma à tua, como se tu fosses um pedaço do meu ser, elo mágico que me ata à essência da vida.
A música continua a tocar neste meu resguardo de silêncio, há notas sibilantes do teu murmurar... palavras tuas fragmentadas, sílabas desencontradas num puzzle que ainda teimo em compor... Procuro resgatar o fulgor das estrelas que me dedicaste, tento abrilhantar as rimas amarguradas do poema longínquo, versos soltos de mim... de ti... desamparados.
Queria tanto explicar-te a languidez dos sentidos, estes que agora não conheço, mas que me lançam na vertigem alucinante das sensações...
Pudesses tu devolver-me a aurora que eu deixei escapar pelos meandros do meu caminhar... Pudesses tu dar-me a tua mão e, juntos, desenharmos uma pomba branca no coração do pensamento.
Olhas o horizonte azul, vislumbras os pássaros que voam da tua alma... e não percebes que eu sou o voo de ternura que te sustém neste emaranhado louco de sentidos. Desenho-te canções de amor nos segredos do vento que deslizam no Tempo... Ecoam murmúrios de sol que te tocam meigamente e que tu acolhes no silêncio das tuas mãos.
Refugias-te no Paraíso da Noite onde te escondes na tua solidão e no silêncio das tuas
palavras, mas levas contigo o sol que te dei... Ele agora é a lua que te
aconchega, farol da tua alma que te conduz na escuridão do sentir. E em cada
estrela cintilante que te sorri, tu sorris também, porque sentes os beijos em
flor que derramo no jardim encantado do teu coração... oásis perfumado de sonho
que te preenche o vazio da existência...
Adejo
contigo nas brisas etéreas do sonho... mas tu não compreendes que quem voa
contigo, sou eu.
Autoria:
Fanny Costa
Abundam
chuviscos nos teus olhos, adensa-se a penumbra que escorrega no horizonte. O
teu coração deambula curvado num labirinto de ausências e as tuas mãos trémulas
sustentam o gelo das palavras amarescentes soletradas no rumor do vento.
Cai
a noite, cai a esperança e as estrelas extinguem-se no avesso do céu, enquanto
o lápis da memória desenha um mar soturno onde soçobras num tormento cada vez
mais padecido.
Autoria:
Fanny Costa
O desalento cresce neste
turbilhão de sentimentos e a voz dos dias emudeceu num rio estagnado e
lamacento. Um bramido tácito ecoa nas trevas do sentir. Há um punhal de
palavras que abre feridas quase cicatrizadas.
Os sonhos foram
rasgados, abandonados num deserto árido e a dor foi tão profunda que a
protagonista deste enredo quase sucumbiu num abismo inesperado e
dolente.
Caem as máscaras do teatro da vida. A protagonista desta história de (des)encantar salta daquela página triste, amarrotada de palavras lancinantes. Foge, sem pensar, sem rumo.
Há montanhas de espanto por escalar naquele coração quebrantado. Choram os poemas inabitados, tantos versos magoados, embrulhados em rimas imperfeitas
Os seus passos quedam-se prostrados, a angústia é tão penosa que ela não consegue mover-se.
Olha em redor e os olhos das
pedras também choram! Ao longe vê no seu jardim uma flor dolente, murcha...
outrora bela, mas regada de utopia.
Um perecimento anunciado,
negado, agora uma realidade... com que futuro?
Autoria: Fanny Costa
O jardineiro amava o seu jardim de rosas, mas havia uma especial que ele guardava no seu coração. Rara flor que ele protegia e cuidava com muito amor num canteiro resguardado e fechado não viessem as ventanias e tempestades magoar a debilidade das suas pétalas.
Um
dia plantou outras flores no terreno fértil do seu Ser e outro jardim
floresceu como um sonho a perfumar o seu coração enchendo-o de alegria. Ele
contemplava o seu jardim cheio de cores e fragrâncias maravilhosas mas a
rosa do seu coração quase fenecera fechada na sua solidão. Como esquecer a
fragilidade da sua flor tão amada? Como poderia esquecer a fragrância daquela
rosa que ele tanto protegera e tantos cuidados lhe dera?
Pegou
nela, suavemente, espargiu ternura, beijou as suas pétalas aveludadas e com os seus amorosos murmúrios, as pétalas vicejaram em sorrisos deslumbrantes.
Agora aquele jardineiro não poderia deixar a sua flor esquecida naquele canteiro, aparentemente resguardado.
O
jardineiro perdia-se nos seus pensamentos, vivia num tumulto de
sentimentos e os jardins coloridos eram o seu alento, a sua paz.
Um
dia, distraído nas suas infindas cogitações, esqueceu-se da porta aberta e as
pétalas aveludadas esvoaçaram velozes nas asas de um vento agreste. A sua
rosa encantada, tão amada, nunca mais embelezou aquele canteiro tão precioso.
Autoria:
Fanny Costa
Sentada
no esplendor da sua praia, ela traçava sonhos com a caneta do coração. Admirava
o mar que era o seu lenitivo, um aconchego divino. Abençoada praia que a
elevava ao outro lado do horizonte e onde reencontrava a poesia da sua Alma.
Eram
horas mágicas que sacudiam a poeira do livro guardado no segredo dos seus dias
e lhe devolviam a serenidade ao Coração. As letras tímidas dos seus sonhos
enleavam-se suavemente às sílabas e as palavras brotavam na alvura do seu Ser.
Ao entardecer, o sol despedia-se, beijava o seu rosto e espelhava o seu sorriso na brandura das águas que ondulavam em brisas de paz.
Hoje ela já não pode sentar-se nos degraus sumptuosos daquela praia. Agora vive na solidão do seu claustro insípido, embrulha-se num cobertor amarrotado de tantos sonhos desfeitos. Ainda assim, quando um sonho airoso lhe murmura um poema, o seu coração esvoaça nas asas dos seus versos e ela repousa os seus sentidos na poesia das brisas, daquele mar distante, mas tão amado.
Autoria:
Fanny Costa
Se um dia tropeçares na
sombra da tua existência e dos teus olhos gotejar alguma tristeza, limpa as
janelas do teu Sentir e procura o poema do arco-íris que habita o segredo do
teu coração.
Em nenhum momento, te
esqueças de abrir a tua alma para a magia do horizonte onde as aves dançam só
para ti e também não te esqueças de desenhar o teu mais belo sorriso para lhes
agradecer.
E se ainda assim, imergires na solidão e nem das janelas do teu Ser vislumbrares o voo da tua liberdade, embeleza-te com o teu vestido mais lindo, vai caminhar, passeia devagar pela Natureza, delonga-te no encanto dos detalhes, apura todos os teus sentidos. É lá o teu Templo, o lugar sagrado onde vais resgatar a tua Alegria que te espera. Mas se a nostalgia ainda te acompanhar, mergulha, sem medo, no lago azul desse bosque encantado. Purifica a melancolia, banha-te de Esperança, de Céu, de Vida!
Autoria: Fanny Costa
Gorjeiam as gaivotas num baile estonteante, no amanhecer de mais um dia de nostalgia. E há palavras relutantes que se debruçam na janela do pensamento almejando o voo das aves e a dança das folhas de Outono que caem lentamente no tapete do coração. E o silêncio interior é um poema de luz, é uma brisa fresca que acaricia o papel dos sentidos varrendo as folhas murchas da mente e de tantos sentimentos ressentidos.
Talvez
o vento da (des)ilusão mude de rumo e as portas permaneçam desobstruídas para
adentrar a harmonia no aconchego de uma paz profetizada.
Talvez um dia, brotem flores nos jardins da alma... e uma rosa preciosa floresça numa viagem encantada de sonhos entrelaçados.
Talvez os corações reaprendam o
significado da palavra alegria e continuem a sorrir mesmo com os espinhos da
vida.
Autoria: Fanny Costa
Há
folhas a voejar sobre o mar, levou-as o vento na solidão de mais um entardecer.
Mas
que importa? Que voem para longínquos lugares. São afinal simples
poemas... são versos perdidos em estrofes magoadas e sem rumo certo.
Um dia, chamaram-lhes flores do coração, hoje são páginas amarguradas, desbotadas, sentimentos dúbios num alvoroço estonteante.
Há
gaivotas esvoaçantes num bailado de papel, há um poeta sentado no promontório
do infortúnio lacrimejando o silêncio do seu coração com as mãos vazias mas
cheias de dor.
Autoria:
Fanny Costa