“Há feridas que trespassam o
meu sentir, as asas que sustinham o meu voo voaram noutra direção. Há ausência
de afeição, caminhos trilhados na solidão, abraços perdidos em algum canto
esquecido. Não há melodia. O som pereceu. Há agora o silêncio que me rasga o
ser em pedaços de bruma. Há uma face despida de sorrisos, olhos apagados sem
paisagem, sem sentidos, ilusões vãs, insensíveis”.
Dizes que já não sabes sentir? O
teu sorriso já não é uma estrela? Sentes-te abandonada? Não! O teu castelo não
é uma ilha, é um templo de sentidos que tens de reconstruir com os desígnios do
teu coração. O tempo avança, não se queda. LEVANTA-TE e CAMINHA. Dá a mão ao
tempo. Há um presente por desvendar. Dele depende o porvir da tua legação
existencial. Não sucumbas às trevas da dor. Há sorrisos a colher nos bosques de
asas brancas. As cítaras das fadas tocam na outra margem do teu pensamento. Não
escondas os teus olhos, liberta-os. Não guardes a memória da melancolia. Tu és
brilho, não vistas de negro a tua essência. Tu és Amor.
Vem… Princesa das Estrelas! Dá-me
a tua mão… leva as minhas asas, vai ao Bosque Encantado dos Anjos… Há uma
estrela que te espera num jardim que também é teu!
Fanny Costa