Procuras o teu Ser,
envolves-te na Natureza, confidencias às borboletas o teu sonho de voar. Há uma
Flor ancestral onde queres pousar o teu coração, uma fragrância especial que te
complete a Alma, mas os jardins percorridos revelam a ausência do teu querer. A
delonga faz de ti um transeunte sem destino submerso na escuridão do
esmorecimento, transpondo fronteiras. A vida não te questiona, não te condena, pede
que a vivas sem pensar. O pensamento anula os sentidos do teu Eu. Mergulha no
teu âmago, escuta o silêncio do teu coração. Entende os sinais dos teus passos
(in)certos, percebe os códigos celestiais, nessa jornada interior. E se lacrimejares
nessa demanda, recebe essas gotas que emanam dos soluços da tua Alma. Saboreia todos
os sentidos, descodifica os trilhos da tua busca incessante. Jamais findes a
tua caminhada, observa aquele cantinho que nunca procuraste porque deixaste
falar a Razão. Talvez a Flor da tua Alma já esteja a vicejar no teu jardim, radiante
e perfumada, no meio de tantas outras flores e sem o perfume do teu
Sentir. Talvez a tua Flor já te tenha
sorrido e não tenhas percebido. Já é tempo de voares com as borboletas.
Fanny Costa
4 comentários:
Olá,
Ando um pouco afastado deste espaço dos "blogues". Não sei se faço bem ou mal. Sei apenas que tento continuar no campo editorial , na fotografia e pintura, o que me "gasta" o tempo e não parto à procura de outros horizontes.
Grato pelo teu cuidado, e pela leitura que absorvo da tua excelente criatividade, só tenho um conselho único - NUNCA PARES!
Abraço bem amigo
Grata, amigo Outono! Fazes bem pois sempre adoraste a fotografia. Quanto à pintura, não sabia deste teu dom :-)
Beijinho
Foi bom teres voltado. E a voar com as borboletas...
Um texto muito belo.
Uma boa semana.
Um beijo.
Muito grata, Graça! Um grande beijinho.
Tinha saudades destes meus passeios pelo mundo da poesia.
Boa semana e bons textos. :-)
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