Abraças o silêncio,
escutas a melodia da tua voz que se solta do teu coração ávido por um murmúrio
de poesia. Tantos dias passam sem que possas visitar o relicário da tua alma e
beber o néctar dos sentimentos que vestem de aurora os teus dias cinzentos e sombrios.
Hoje o Sol poisou no teu
papel amarrotado, clareou as palavras imersas no vazio da clausura em que
vives, hoje o vento soprou ternuras e arejou a dor do teu sentir. Vives
encarcerada na liberdade dos teus passos que já se cansam de caminhar.
Onde está o azul que te
preenche a essência? Onde estão as paisagens com que sonhas todas as noites
quando sucumbes ao sono que te leva para o infinito nas asas do teu sonho?
Olhas e nada vislumbras…
és corda solta de um violino ferido… sem melodia!
Amanhece e as tuas asas
ausentaram-se. Observas as palavras que esboçam pequenos sorrisos num papel
tímido, silente… sussurros de vento que te abençoam as horas e perpetuam a
esperança que ainda vive no segredo do teu Ser.
Fanny Costa
3 comentários:
Soberbo texto. AMEI! Muitos parabéns!! :)
Cascata em ecos de silêncio.
Beijo e uma excelente Semana!
Boa tarde!
"Onde está o azul que te preenche a essência?"
Lindo isso!
Tenha dias felizes e abençoados!
Abraços fraternos de paz e bem
Gostei muito do texto poético.
Fanny, gosto das suas composições embelezadas
com imagens e metáforas muito belas e especiais,
sem os mistérios da poesia surrealista.
Foi uma leitura muito agradável.
Excelente semana.
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