Tocam harpas pelo firmamento,
noites de saudade, estrelas cintilantes no aconchego da memória. Há um Universo
para lá do que os nossos olhos perscrutam. Um mundo onde moram os Sentidos
tatuados no corpo, viajantes sagrados da Alma. Cada cântico transmuta-se em
beleza e deslumbramento. Nesta ponte da vida por onde deambulamos, abrigamos
reminiscências (e)ternas, sonhos abençoados pela união de tantas almas afins e
tantos (des)encontros destinados.
Ó Harpa celestial, quantos
mistérios e segredos albergam em ti! Quantas dores e receios choram em ti?
Quantas poesias inspiraste aos Poetas lunáticos, os alquimistas das palavras?
Sorriem e lacrimejam árias
infinitas, melodias peregrinas em demanda da Alma Celestial, protetoras dos que
ascendem as escadas do Silêncio.
Harpa dos Sonhos, és a Deusa dos
ecos que sussurram os céus em noites de ternura e melancolia.
Fanny Costa