Hoje o poeta espreguiçou-se na ternura de um beijo, apanhou palavras que
ficaram deitadas na sua almofada querendo enlaçar o poema que se erguia com o
sol da manhã. O poeta sorriu com aquele emaranhado de sentidos despidos de
razão e os sons do seu coração voaram na brisa do alvorecer.
Hoje o poeta não calou a poesia que nasceu no murmúrio da noite, as letras
desenharam fantasias e esperança nas páginas brancas do seu viver.
De que cor são os teus sonhos, Poeta? Que melodias tocam? Quem os sente
como tu? O Amor é a canção da tua Alma?
Hoje o poeta pintou as cores de um nome na flor que desabrochou no seu
jardim, pétalas de arco-íris perfumadas de aurora. Hoje o silêncio foi uma
suave carícia, asas de anjo no abraço de um Sentir… um beijo nos lábios de um Sonho…um
olhar entrelaçado no mesmo firmamento.
Fanny Costa