Há melodias e imagens que nos inspiram. Enchem-nos a alma no nosso recolhimento... as palavras começam a voar e a encontrar novos sentidos. Pura alquimia das letras que nos desenha sorrisos no coração e que gostamos de partilhar.
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Flor do Coração
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
A vida dói...
A
vida dói!
O labirinto das dores cansou as palavras amarguradas que ficaram nuas, frias, vazias de sentido. Mas, pouco a pouco vou abotoando as sílabas, vou alinhavando as palavras perdidas. Costuro a esperança em todas elas, visto-as com finas cambraias de sonhos. Acompanha-me o silêncio, um amigo que me abraça num horizonte de paz, um sorriso de amor em cada recanto do meu Ser.
Fanny Costa
domingo, 14 de novembro de 2021
Propósito
Trilha a estrada do teu propósito, mesmo que a paisagem esteja embaciada e os teus olhos físicos ainda não percebam o percurso. Se um dia, um sonho se perder no labirinto dos caminhos, escuta o silêncio da tua alma, o GPS do teu Ser. Há atalhos de esperança que só são vislumbrados com os olhos da Fé, com os sentidos do coração. Caminha e não te distraias, os sinais divinos existem e querem falar contigo.💙
Fanny Costa
domingo, 10 de janeiro de 2021
Vozes da Noite
O Sol adormeceu. A Noite acordou.
Solto os murmúrios da Alma e deixo entrar o Silêncio. A mente aquieta-se! A Lua
e as estrelas são sorrisos no meu horizonte. Gosto de respirar as brisas
noturnas e imaginar constelações de Sonhos. Quanta magia irradia na escuridão
que alumia o meu Ser. Encanto-me com o sussurro das brisas e vejo a dança dos
galhos das árvores. Quantas lembranças moram na sombra dos
pinheiros, quantas histórias escondidas na memória das suas
raízes...Respiro profunda e lentamente. Abraço a suavidade daqueles instantes
que me devolvem Esperança. Vislumbro trilhos Iluminados, labirintos sem
muros.
Está fria, a noite, incandescente
está o meu Sentir. Esta ânsia de atravessar a ponte dos sentidos, de
percorrer contigo os segredos da Floresta. As vozes da noite estão agora na
almofada onde descanso o meu coração junto ao teu!
Fanny Costa
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Alquimia das Flores
Os seus cabelos ondulam no cicio do vento, são a luz doirada da floresta que se veste de primavera. Segura nas mãos pétalas de poesia que derrama na paisagem daquele tapete verde de sorrisos. Os seus olhos demoram-se no silêncio fértil de um coração que acorda em cada alvorada do seu ser. A música escorre pelos lagos mansos das manhãs. As aves dançam nas pupilas azuis do horizonte.
Ela abraça a solitude, beija os versos calados embrulhados nos laços da noite. Estendem-se ao sol, ternuras tímidas no jardim dos seus pensamentos. Lembranças perfumadas florescem na aragem da sua pele. Quisera resgatar instantes de quietude na alquimia das flores. Suave magia que estremece a sua alma.
Onde estará a ponte translúcida que a leva para a outra margem onde mora o seu sonho?
Fanny Costa
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
Milagre da Natureza
A Natureza é Sábia, basta que o nosso olhar se demore atentamente nos seus pormenores, nos seus mistérios, na sua beleza infinda. Quanta magia nos invade a essência, quantos sorrisos desenhamos no coração, quantas poesias são lidas com um simples olhar?
Vivemos um milagre e não percebemos, tal é o labirinto penoso em que vivemos. Não encontramos a saída, o sol brilha, mas as nuvens densas povoam a nossa mente e ofuscam os trilhos da liberdade. Saibamos silenciar, saibamos aquietar os nossos pensamentos e permitir escapar por alguma fresta de luz. Que jamais abandonemos a nossa verdadeira essência, de viver intensamente o AGORA, de viver a nossa verdadeira missão: encontrar a felicidade. E o que é a felicidade?
Observemos uma flor... pétala a pétala, a flor que era um simples botão, vai desabrochando numa imensa beatitude, exaltando fragrâncias de paz e simplicidade. Isto é felicidade. É alegria pura, é serenidade, é candura... Puro encantamento!
A natureza é a ponte que nos conecta com a nossa alma, mas nós esquecemo-nos do quão importante é Ser e estarmos em comunhão permanente com a verdadeira vida. Saborear a melodia das aves, namorar uma pedra, o mar, uma árvore, interpretar os sinais divinos... E neste enlace a nossa essência descansa no seu ninho acolhedor, repousa a mente, encontra a sua unicidade, a sua paz interior. Não pensar, simplesmente sentir... e tudo absorver com a mesma inteligência da Natureza. É este encontro com a harmonia, com este sagrado envolvente que nos conduz à totalidade do nosso Ser. Respirar profundamente, com consciência é terapêutico e energizante.
A natureza é sábia! Saibamos interiorizar os seus ensinamentos e desfrutar desta viagem reencontrando a nossa essência no seu estado mais puro.
Fanny Costa
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
O Livro do Coração
Há um livro no coração, poesias de uma vida, estrofes de emoções, rimas belas... gargalhadas de Sol. Tantas páginas vestidas de lembranças, tantos versos soletrados pela brisa dos sentidos. Hoje, o livro perdeu as folhas, quais folhas esvoaçantes de Outono que tombam dos ramos cansados das árvores. Que recordações feneceram, de que primaveras foram escritas? Que cânticos de amor entoaram no florescer de tantas páginas perfumadas? Que estrelas as iluminaram? Que frio as despiu e as esqueceu na sombra do vento?Ao folhear o livro da memória, há uma ave que ainda esvoaça nas paisagens de um poema, rimas soltas de amar que pulsam nas artérias de duas flores entrelaçadas.
Fanny Costa
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Flor de Outono
Permaneço na solitude dos dias, embrulhada nos cobertores dos meus pensamentos. Chove lá fora, sinto o conforto dos sonhos que têm o teu nome. Está tanto vento, as árvores tremem de frio. Habituei-me a esta solidão, a esta (in) quietude, a este vazio cheio de ti, sem palavras. Refugio-me nas memórias, rebusco versos perdidos no baú do coração. Sorrio. Olho o horizonte, há lágrimas que escorrem pelas vidraças... Há palavras que se escondem nas páginas de um livro fechado, ainda por ler.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
O Amor é um rio que flui...
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Flor
Não cesses de caminhar, não
estaciones a vida em labirintos sombrios que não te elevam. Caminha na tua
solitude, no silêncio do teu coração e não te distraias com quem não te sente.
Aprofunda a tua verdade, a certeza que tu és única, especial e que não precisas
de quem te complete. Tu és a completude, tens o Universo dentro de ti. Não
temas as sombras porque o Sol habita em ti. Arreda as neblinas dos trilhos
passados e respira. Transmuta-te e sê a tua própria Luz. Não mendigues amor,
abraços, sorrisos... Tu és a tua própria Alegria. Sê a Paz. Busca a verdade em
ti, mesmo que as inquietações perturbem os teus momentos de plenitude. Não
bloqueies o Jardim Encantado que te espera. Deixa para trás as máscaras, limpa
as ervas daninhas. Tudo passa, tudo está certo. Quando te sentires desamparada,
senta-te, silencia, escuta a melodia do Universo. Percebe a mensagem que ele te
sussurra, deixa que ela seja a bússola do teu Ser. Floresce e sê a Flor mais
bela do teu Jardim.
Fanny Costa
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
No Paraíso do Poema
Amor, vem… entrelacemos as mãos,
deixemos que os nossos corações toquem as harpas dos sonhos entorpecidos.
Caminharemos juntos nas estrofes do poema que nos levarão ao infinito só nosso,
intrínseco e silente. Nas manhãs deste outono, os nossos passos serão plumas nos bosques de asas
brancas, em busca de melhores momentos que nos embalem
a essência no baloiço dos dias que se avizinham mais frios.
Vem, aninha-te no meu colo, a
lareira do sonho já crepita e os sorrisos já estão confortados. Sentes o calor
da vida? Escutas a melodia dos pássaros que solenizam estes instantes de
ternura? Vem, só assim poderemos voar na mesma asa, no calor robustecido do
nosso amor.
Vem, traz contigo o poema do teu
olhar, deixa-me repousar na sua suavidade e, se desejares, mergulha no lago dos
meus, encontrar-nos-emos no verso mais lindo… sem palavras, sem pontuação,
somente a rima da alegria, desta conexão encantada de almas. É tão bom sentir a
luz dos teus abraços nos meus, perceber a linguagem dos nossos silêncios, a
magia destes momentos (e)ternos em nós.
Fanny Costa
domingo, 8 de novembro de 2020
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Um Simples Pensamento
Há tesouros escondidos dentro de
nós, há uma sabedoria infinita por descobrir. No silêncio da nossa essência,
vislumbramos diamantes de luz preciosos abraços invisíveis que nos fazem sorrir
por dentro e para a vida.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Diálogo Interior
“Há feridas que trespassam o
meu sentir, as asas que sustinham o meu voo voaram noutra direção. Há ausência
de afeição, caminhos trilhados na solidão, abraços perdidos em algum canto
esquecido. Não há melodia. O som pereceu. Há agora o silêncio que me rasga o
ser em pedaços de bruma. Há uma face despida de sorrisos, olhos apagados sem
paisagem, sem sentidos, ilusões vãs, insensíveis”.
Dizes que já não sabes sentir? O
teu sorriso já não é uma estrela? Sentes-te abandonada? Não! O teu castelo não
é uma ilha, é um templo de sentidos que tens de reconstruir com os desígnios do
teu coração. O tempo avança, não se queda. LEVANTA-TE e CAMINHA. Dá a mão ao
tempo. Há um presente por desvendar. Dele depende o porvir da tua legação
existencial. Não sucumbas às trevas da dor. Há sorrisos a colher nos bosques de
asas brancas. As cítaras das fadas tocam na outra margem do teu pensamento. Não
escondas os teus olhos, liberta-os. Não guardes a memória da melancolia. Tu és
brilho, não vistas de negro a tua essência. Tu és Amor.
Vem… Princesa das Estrelas! Dá-me
a tua mão… leva as minhas asas, vai ao Bosque Encantado dos Anjos… Há uma
estrela que te espera num jardim que também é teu!
Fanny Costa
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
O Livro da Floresta
A floresta era um livro ancestral
e sábio que se estendia pela montanha das palavras. Desenhavam-se
arbustos elegantes no chão, bailados de flores, metáforas de amor que enlevavam
o horizonte. Ouvia-se o murmúrio das brisas aprazíveis, as trovas dos
pássaros que eram versos embelezados de sol. Os raios das árvores embalavam a
alma daquela mulher que sorria por aqueles trilhos encantados misteriosos,
que corria alegremente nos parágrafos do amor...
Mas os seus passos estagnaram na
página onde as brumas subitamente se adensaram... Os seus olhos mansos de
mar já não conseguiam passear nas palavras melódicas do seu coração.
Eram agora letras deformadas, embaçadas, sem sentido... Fechou delicadamente
os olhos, já não sabia ler, interpretar. Soltou os seus longos cabelos
tristes que baloiçavam naquela aragem húmida e fresca. Ousou mover-se nas
reticências daquelas linhas desordenadas, mesmo sem saber por onde ia...
Galgou os pontos de interrogação, de exclamação e foi...
E daquele livro, as páginas não
voltaram a ser folheadas, uma história incompleta, uma narrativa em
aberto, uma página turva e indefinida. As aves nunca mais beberam o
sol, nunca mais cantaram nas rimas daquelas árvores.
Fanny Costa
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
Uma reflexão apenas…
Apesar de existirem pessoas que
observam, com um olhar ímpio, o trilho por onde deambulam os nossos passos da
alma, o que trazemos interiormente é o que verdadeiramente faz sentido. Quem
possui dentro de si paisagens invisíveis de Encantamento e Luz… é chamado de demente, esquizofrénico… de alguém que vive no mundo da
fantasia, que tem visões, alucinações?! Pura ilusão, dizem com convicção! Mas são estes “loucos, estes alienados” que permitem que a
Esperança, o Sorriso Interior, a Fé... germinem em tantos corações esmorecidos, ávidos de alento e se aventurem a vivenciar, sentir a Poesia
deslumbrante da Vida.
Não se domesticam os sonhadores, estes "lunáticos" nem se colocam neles um açaimo, é impossível silenciar a voz destes seres
especiais, sensíveis, destes poetas que escutam os murmúrios silentes de um mundo
mágico, enigmático que nem todos têm a aptidão de compreender e apreciar.
Sonhadores, Poetas, Trovadores, Trabalhadores da Luz… prossigamos a nossa jornada, desviemos pacientemente os pedregulhos que nos impedem de caminhar, alumiemos as sendas da nossa Missão, não
consintamos que nos obscureçam a essência com “exatidões” científicas. O que
realmente importa é o que SOMOS e não o que outros seres menos evoluídos
cogitam sobre nós.
Fanny Costa
terça-feira, 20 de outubro de 2020
Saber Ver
(Ana Jácomo)
Fanny Costa
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Páginas Soltas
Permaneces (in)quieta junto à janela
do teu coração… há páginas que o vento da Razão desfolhou e as trouxe para
junto de ti. Sorris… mas há murmúrios de um som amado que se aparta transportado
pelas nuvens astuciosas da Ilusão. Há um silêncio amargo que jaz na tua voz, há palavras refreadas, cheias de dor, desencantadas, ancoradas no marulho do Tempo. Há
recatos que devastam as flores de um jardim etéreo que ainda florescia no
outono. Há melopeias interrompidas pelos sons do esquecimento. Há sorrisos
(des)iludidos, há olhos que se fecham… querem adormecer para SONHAR.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Murmúrio calado
A solidão habitava aquele olhar brando e apagado. Havia um murmúrio tácito que o coração abrigava no inverno do sentir. Os passos estagnavam na soleira da porta ainda cerrada, uma vereda sem saída, um labirinto perene onde a dor aluía em gritos de solidão. Não havia forma de devolver estrelas de sonhos agora extraviados. Não havia forma de resgatar a essência duma vida… percurso inacabado de um destino inanimado, pálido. A melodia solfejava notas de uma orquestra sem maestro, um cântico sem voz, uma letra dolente nas cordilheiras de uma ILUSÃO sem alento. A sineta do sonho nunca mais tocou naquele coração.
Fanny Costa
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Desassossego
Há vazios que se chegam a nós…
abraçam-nos insensíveis, oferecem-nos pétalas murchas oriundas de jardins
esquecidos, abandonados… fica no ar um perfume melancólico de passado, memórias
sombrias que escondem o sol da alma…
Por muito que se cerrem as
janelas do coração, o vendaval de lembranças invade a quietude do sentir…
revira o baú da alma, defuma no horizonte incensos lânguidos… plangentes…
disseminam ventos gélidos onde já havia mansidão… placidez interior…
Hoje eu queria caminhar, voar
pela imensidão dos sonhos que começavam a florir, hoje eu ainda queria acreditar
nos sorrisos de liberdade e primavera… mas as portas do horizonte permanecem obstruídas
e os meus passos continuam inertes na perplexidade amargurada do coração.
Fanny Costa