Há melodias e imagens que nos inspiram. Enchem-nos a alma no nosso recolhimento... as palavras começam a voar e a encontrar novos sentidos. Pura alquimia das letras que nos desenha sorrisos no coração e que gostamos de partilhar.
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Omitir = Mentir?
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Pinceladas de Alegria
Que
os nossos olhos, neste novo dia, consigam vislumbrar a simplicidade e a pureza
do que nos envolve. Que todos nós possamos contemplar o amor nos pequenos
(grandiosos) gestos. Que o belo seja simplesmente aquilo que floresce no nosso
coração para perfumar e embelezar a nossa vida e de quem nos rodeia. Há quem
não entenda que a Felicidade se pode encontrar nas pequenas coisas, como o
sorriso duma flor, o murmúrio do vento, as canções dos pássaros, o voo duma
borboleta... são pinceladas de encantamento, uma fonte inesgotável de
prosperidade e alegria.
Fanny
Costa
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
Venha 2022
Mais um ano a terminar, mais um ciclo que se fecha, muitos laços desfeitos(?) , muitos apegos difíceis de soltar...
O Novo Ano aproxima-se e fazendo a retrospectiva do ano que finda, vislumbro muitas inquietações, muitas tristezas, muitas dúvidas. Não vou negar que o coração dói, mas, estas dores que ninguém vê, eu abraço-as e agradeço todas as aprendizagens que me transmutaram numa pessoa mais consciente e evoluída interiormente.
"Crescer" dói,
enlaçar a solitude, percorrer o vazio, escutar o silêncio e interpretar a
intuição são processos dolorosos, mas simultaneamente libertadores. Quando
percepcionamos e aceitamos as nossas sombras, que muitos não admitem existir
neles próprios, é que podemos contemplar a Luz tão almejada.
Já dizia Rumi com as suas
sábias palavras: "A ferida é por onde a luz entra em ti".
Talvez ainda os dias não
estejam assim tão claros e solarengos como eu tanto desejo. O inv(f)erno tem
sido muito rigoroso, muitas tempestades, muitas inundações nesta alma tão
fragilizada. No campo das emoções, as estações do ano trocam-nos as voltas.
Tombaram pouco a pouco muitas mágoas, muitos desencantos com o Outono do
coração. Tentei varrer as folhas atormentadas e débeis na esperança que esta
nova estação purifique os infortúnios e as agonias. E que nesses espaços
arejados e cristalinos se edifiquem as pontes que me permitirão sentir as
fragrâncias da Primavera e resplandecer com as flores que irão despontar
sorrisos em cada paisagem do meu olhar.
Quero prosseguir o meu
caminho sem arrependimentos, sem culpas, sem ressentimentos. Quero agradecer
todos os desafios que ultrapassei, quero agradecer a todos os anjos terrenos
que me emprestaram as suas asas para que eu não sucumbisse nos abismos do meu
sentir. Quero perdoar a quem me fez mal, a quem traiu a minha confiança e pedir
perdão a quem magoei pela transparência dos meus sentimentos.
Quero, neste novo Ano, banir
tudo o que me fez sofrer e voltar a nascer, rodeada de pessoas que vibrem na
frequência elevada que tanto sonho.
Quero dar a mão a quem me ame
de verdade e vibre comigo na alegria espontânea, sem medos e sem
constrangimentos.
Venha 2022 porque a minha
essência já começou a sorrir...
Feliz Ano Novo!
Feliz Renascer! 🕊️🦋🤍
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
Feliz Natal
Mais
um Natal... mais uma oportunidade das famílias se reunirem (apesar da pandemia) e esquecerem os
conflitos, as divergências e abrirem os seus corações para o que realmente
importa: Amor, Harmonia e Paz. Que esta data não seja somente uma ocasião de
trocar prendas e degustar boas receitas de culinária... o mais importante é
abraçar os nossos familiares e amigos com a doçura da nossa alma e desenhar
sorrisos todos os dias do ano. Eu peço SAÚDE ao menino Jesus... porque tudo o
resto virá se abrirmos o nosso coração ao milagre da vida.
Um abraço de alma e coração!
🎅❤🎄💫🎁🎀🕊️
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
Anelo da Alma
Hoje queria repousar das intempéries do coração, descansar a minha alma numa enseada azul de águas cristalinas e serenas, deixar-me levar pelas velas das brisas mansas, sem destino... apenas ondular em sonhos confortantes, imperecíveis, afagos de eternidade no meu ser...
Hoje
eu queria abrir os braços e voar no vento com as gaivotas, em voos de ascensão
por um horizonte plácido de luz e amor... queria sentir no peito esta realidade
intrínseca que me abraça na imaginação... sentir as gotas límpidas da chuva na
minha face, poder limpar as nódoas que magoam o meu sentir... embriagar-me com
o elixir abençoado da vida.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
Música no Coração
Tocam
as mesmas músicas no coração... aquelas que nos abraçam e nos levam para o
aconchego da memória... Descortino perfumes de rosas na obscuridade da solidão,
os meus olhos enevoados redescobrem o azul submerso no marasmo do sonho que
quer findar...
Não! Não quero enclaustrar as portas do sonho, o cansaço não vencerá o regozijo de outrora!
Há sorrisos meus que eu esqueci nos atalhos dos crepúsculos, reflexos lunares que tu acarinhas... há gotas da minha alma a escorrer nas pétalas macias dos teus segredos... há um destino que os meus dedos ainda anseiam escrever com as cores eternas do arco-íris...
Os laços invisíveis ligam o meu corpo ao abismo da Razão... mas eles também enlaçam a minha alma à tua, como se tu fosses um pedaço do meu ser, elo mágico que me ata à essência da vida.
A música continua a tocar neste meu resguardo de silêncio, há notas sibilantes do teu murmurar... palavras tuas fragmentadas, sílabas desencontradas num puzzle que ainda teimo em compor... Procuro resgatar o fulgor das estrelas que me dedicaste, tento abrilhantar as rimas amarguradas do poema longínquo, versos soltos de mim... de ti... desamparados.
Queria tanto explicar-te a languidez dos sentidos, estes que agora não conheço, mas que me lançam na vertigem alucinante das sensações...
Pudesses tu devolver-me a aurora que eu deixei escapar pelos meandros do meu caminhar... Pudesses tu dar-me a tua mão e, juntos, desenharmos uma pomba branca no coração do pensamento.
Autoria: Fanny Costa
domingo, 12 de dezembro de 2021
Brisas Etéreas
Olhas o horizonte azul, vislumbras os pássaros que voam da tua alma... e não percebes que eu sou o voo de ternura que te sustém neste emaranhado louco de sentidos. Desenho-te canções de amor nos segredos do vento que deslizam no Tempo... Ecoam murmúrios de sol que te tocam meigamente e que tu acolhes no silêncio das tuas mãos.
Refugias-te no Paraíso da Noite onde te escondes na tua solidão e no silêncio das tuas
palavras, mas levas contigo o sol que te dei... Ele agora é a lua que te
aconchega, farol da tua alma que te conduz na escuridão do sentir. E em cada
estrela cintilante que te sorri, tu sorris também, porque sentes os beijos em
flor que derramo no jardim encantado do teu coração... oásis perfumado de sonho
que te preenche o vazio da existência...
Adejo
contigo nas brisas etéreas do sonho... mas tu não compreendes que quem voa
contigo, sou eu.
Autoria:
Fanny Costa
sábado, 11 de dezembro de 2021
Inquietação
Abundam
chuviscos nos teus olhos, adensa-se a penumbra que escorrega no horizonte. O
teu coração deambula curvado num labirinto de ausências e as tuas mãos trémulas
sustentam o gelo das palavras amarescentes soletradas no rumor do vento.
Cai
a noite, cai a esperança e as estrelas extinguem-se no avesso do céu, enquanto
o lápis da memória desenha um mar soturno onde soçobras num tormento cada vez
mais padecido.
Autoria:
Fanny Costa
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
Utopia
O desalento cresce neste
turbilhão de sentimentos e a voz dos dias emudeceu num rio estagnado e
lamacento. Um bramido tácito ecoa nas trevas do sentir. Há um punhal de
palavras que abre feridas quase cicatrizadas.
Os sonhos foram
rasgados, abandonados num deserto árido e a dor foi tão profunda que a
protagonista deste enredo quase sucumbiu num abismo inesperado e
dolente.
Caem as máscaras do teatro da vida. A protagonista desta história de (des)encantar salta daquela página triste, amarrotada de palavras lancinantes. Foge, sem pensar, sem rumo.
Há montanhas de espanto por escalar naquele coração quebrantado. Choram os poemas inabitados, tantos versos magoados, embrulhados em rimas imperfeitas
Os seus passos quedam-se prostrados, a angústia é tão penosa que ela não consegue mover-se.
Olha em redor e os olhos das
pedras também choram! Ao longe vê no seu jardim uma flor dolente, murcha...
outrora bela, mas regada de utopia.
Um perecimento anunciado,
negado, agora uma realidade... com que futuro?
Autoria: Fanny Costa
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
Era uma simples rosa...
O jardineiro amava o seu jardim de rosas, mas havia uma especial que ele guardava no seu coração. Rara flor que ele protegia e cuidava com muito amor num canteiro resguardado e fechado não viessem as ventanias e tempestades magoar a debilidade das suas pétalas.
Um
dia plantou outras flores no terreno fértil do seu Ser e outro jardim
floresceu como um sonho a perfumar o seu coração enchendo-o de alegria. Ele
contemplava o seu jardim cheio de cores e fragrâncias maravilhosas mas a
rosa do seu coração quase fenecera fechada na sua solidão. Como esquecer a
fragilidade da sua flor tão amada? Como poderia esquecer a fragrância daquela
rosa que ele tanto protegera e tantos cuidados lhe dera?
Pegou
nela, suavemente, espargiu ternura, beijou as suas pétalas aveludadas e com os seus amorosos murmúrios, as pétalas vicejaram em sorrisos deslumbrantes.
Agora aquele jardineiro não poderia deixar a sua flor esquecida naquele canteiro, aparentemente resguardado.
O
jardineiro perdia-se nos seus pensamentos, vivia num tumulto de
sentimentos e os jardins coloridos eram o seu alento, a sua paz.
Um
dia, distraído nas suas infindas cogitações, esqueceu-se da porta aberta e as
pétalas aveludadas esvoaçaram velozes nas asas de um vento agreste. A sua
rosa encantada, tão amada, nunca mais embelezou aquele canteiro tão precioso.
Autoria:
Fanny Costa
domingo, 5 de dezembro de 2021
sábado, 4 de dezembro de 2021
Aconchego
Sentada
no esplendor da sua praia, ela traçava sonhos com a caneta do coração. Admirava
o mar que era o seu lenitivo, um aconchego divino. Abençoada praia que a
elevava ao outro lado do horizonte e onde reencontrava a poesia da sua Alma.
Eram
horas mágicas que sacudiam a poeira do livro guardado no segredo dos seus dias
e lhe devolviam a serenidade ao Coração. As letras tímidas dos seus sonhos
enleavam-se suavemente às sílabas e as palavras brotavam na alvura do seu Ser.
Ao entardecer, o sol despedia-se, beijava o seu rosto e espelhava o seu sorriso na brandura das águas que ondulavam em brisas de paz.
Hoje ela já não pode sentar-se nos degraus sumptuosos daquela praia. Agora vive na solidão do seu claustro insípido, embrulha-se num cobertor amarrotado de tantos sonhos desfeitos. Ainda assim, quando um sonho airoso lhe murmura um poema, o seu coração esvoaça nas asas dos seus versos e ela repousa os seus sentidos na poesia das brisas, daquele mar distante, mas tão amado.
Autoria:
Fanny Costa
quarta-feira, 1 de dezembro de 2021
Purificação
Se um dia tropeçares na
sombra da tua existência e dos teus olhos gotejar alguma tristeza, limpa as
janelas do teu Sentir e procura o poema do arco-íris que habita o segredo do
teu coração.
Em nenhum momento, te
esqueças de abrir a tua alma para a magia do horizonte onde as aves dançam só
para ti e também não te esqueças de desenhar o teu mais belo sorriso para lhes
agradecer.
E se ainda assim, imergires na solidão e nem das janelas do teu Ser vislumbrares o voo da tua liberdade, embeleza-te com o teu vestido mais lindo, vai caminhar, passeia devagar pela Natureza, delonga-te no encanto dos detalhes, apura todos os teus sentidos. É lá o teu Templo, o lugar sagrado onde vais resgatar a tua Alegria que te espera. Mas se a nostalgia ainda te acompanhar, mergulha, sem medo, no lago azul desse bosque encantado. Purifica a melancolia, banha-te de Esperança, de Céu, de Vida!
Autoria: Fanny Costa
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Talvez...
Gorjeiam as gaivotas num baile estonteante, no amanhecer de mais um dia de nostalgia. E há palavras relutantes que se debruçam na janela do pensamento almejando o voo das aves e a dança das folhas de Outono que caem lentamente no tapete do coração. E o silêncio interior é um poema de luz, é uma brisa fresca que acaricia o papel dos sentidos varrendo as folhas murchas da mente e de tantos sentimentos ressentidos.
Talvez
o vento da (des)ilusão mude de rumo e as portas permaneçam desobstruídas para
adentrar a harmonia no aconchego de uma paz profetizada.
Talvez um dia, brotem flores nos jardins da alma... e uma rosa preciosa floresça numa viagem encantada de sonhos entrelaçados.
Talvez os corações reaprendam o
significado da palavra alegria e continuem a sorrir mesmo com os espinhos da
vida.
Autoria: Fanny Costa
domingo, 28 de novembro de 2021
Bailado de papel
Há
folhas a voejar sobre o mar, levou-as o vento na solidão de mais um entardecer.
Mas
que importa? Que voem para longínquos lugares. São afinal simples
poemas... são versos perdidos em estrofes magoadas e sem rumo certo.
Um dia, chamaram-lhes flores do coração, hoje são páginas amarguradas, desbotadas, sentimentos dúbios num alvoroço estonteante.
Há
gaivotas esvoaçantes num bailado de papel, há um poeta sentado no promontório
do infortúnio lacrimejando o silêncio do seu coração com as mãos vazias mas
cheias de dor.
Autoria:
Fanny Costa
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
Um sonho apenas...
Tantos
enigmas, tantas ambiguidades a flutuar na planície dos meus pensamentos...
Quisera eu olvidar as alvoradas agrestes de solidão, os olhos submersos nas
águas obscuras do meu coração tão exaurido, sem um sorriso de futuro.
Como
sorrir num oceano perturbado de indefinição? Tranco as lágrimas, quero
adormecer profundamente e desmemoriar este presságio de angústia infindável.
O
meu olhar descerra as cortinas inquietas e perplexas... O meu coração árido
ainda vagueia na esperança de um sonho, mas só vislumbra nuvens pesadas que
embaciam a paisagem da minha alma.
Dizem
que os sonhos têm asas...mas as minhas estão feridas e ainda doem. Quisera eu
adejar nas alas robustas das aves e voar com elas para horizontes longínquos e
cristalinos na demanda de um sonho apenas.
"Que
sonho poderia devolver o sorriso ao teu coração?"
Cogito... lembro-me
de muralhas por desmoronar, a edificação de pontes e infinitos laços de
ternura.
O
meu sonho não tem cor ou talvez seja multicolorido... é de cristal, é frágil,
translúcido, capaz de resplandecer as ruas obscuras do meus passos trémulos e
indecisos.
Quisera eu ter a tua alma entrelaçada à minha e os nossos corações a murmurarem amor sem as brumas silentes dos abismos.
Autoria: Fanny Costa
terça-feira, 23 de novembro de 2021
Pinturas de Deus
Quando os primeiros raios de
sol se espreguiçavam no horizonte da manhã, havia um sorriso que percorria a
floresta. O cântico das aves era uma melopeia cadenciada que despertava os
sentidos.
Ela gostava de passear, bem
cedo, por entre as árvores frondosas e escutar o farfalhar das folhas ao
vento que iam caindo suavemente. As
cores quentes alaranjadas sempre a encantaram, como se os seus olhos
contemplassem pinturas coloridas. Seriam pinceladas de DEUS, certamente! ELE
que se esmerava para agradar a quem estivesse atento aos sinais, ao milagre da
vida.
Os seus passos eram cada vez
mais lentos, gostava de sentir o perfume de toda a vegetação, respirava maravilhada os
perfumes frescos do outono e o seu coração batia feliz, imersa naquele momento
mágico de solitude.
Apreciava a sua própria
companhia, a conexão com o seu Eu Superior era cada vez mais intenso naquele
oásis de tranquilidade. Só assim poderia nutrir o seu coração e a sua alma. O
seu olhar demorava-se naquele paraíso, deleitava a sua mente tão extenuada,
revigorava o seu corpo que dançava com a melodia das brisas frescas e sentia
uma leveza como se naquele momento
tivesse asas.
Abraçava as árvores, em
silêncio, sentia o mistério da terra e o seu coração enchia-se de amor e
profunda gratidão!
Autoria: Fanny Costa
domingo, 21 de novembro de 2021
Florescer...
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
Flor do Coração
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
A vida dói...
A
vida dói!
O labirinto das dores cansou as palavras amarguradas que ficaram nuas, frias, vazias de sentido. Mas, pouco a pouco vou abotoando as sílabas, vou alinhavando as palavras perdidas. Costuro a esperança em todas elas, visto-as com finas cambraias de sonhos. Acompanha-me o silêncio, um amigo que me abraça num horizonte de paz, um sorriso de amor em cada recanto do meu Ser.
Fanny Costa