A solidão habitava aquele olhar brando e apagado. Havia um murmúrio tácito que o coração abrigava no inverno do sentir. Os passos estagnavam na soleira da porta ainda cerrada, uma vereda sem saída, um labirinto perene onde a dor aluía em gritos de solidão. Não havia forma de devolver estrelas de sonhos agora extraviados. Não havia forma de resgatar a essência duma vida… percurso inacabado de um destino inanimado, pálido. A melodia solfejava notas de uma orquestra sem maestro, um cântico sem voz, uma letra dolente nas cordilheiras de uma ILUSÃO sem alento. A sineta do sonho nunca mais tocou naquele coração.
Fanny Costa
13 comentários:
Simplesmente fabuloso. Pura delicia de leitura poética.
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Saudações amigas
Um texto muito lindo
Abraço
Olá tudo bem?
Que belo poema, singelo e de muita emoção.
Abraços e tenha uma ótima semana
Fanny
um prosa poética bem ao teu estilo.
um pouco nostálgica.
por vezes é preciso viver o sonho, mesmo que se saiba que é uma ilusão.
beijinhos
:)
Um texto belo, embora deixe adivinhar desencanto.
A espera e' sempre uma perda e quando se trata de
ilusão, a mesma tem um lugar fecundo na solidão.
Um abraço e harmoniosa semana.
Obrigada, Ryk@rdo pela visita tão simpática.
Um abraço de amizade
Muito grata, Alfacinha.
Um abraço de luz
Muito grata, Anajá!
Há emoções que nos impelem a escrever...
Um abraço e uma boa semana
Querida, Piedade!
Já me conheces, sou mesmo assim, nostálgica, introspectiva e as palavras brotam naturalmente.
Prefiro não viver na (des) ilusão, dói muito. Há sonhos que podem não ser ilusões, mas a ponte que nos liga a um futuro risonho.
Beijinhos grandes
Obrigada, Luís. Realmente nota-se um desencanto, sim... Há palavras que se "casam" e constroem ilusão, solidão...
Um abraço de luz e uma boa semana polvilhada de lindas poesias.
Falaram tão bem desta página
que vim conferir e não é que
tinham razão!
Gostei e gostei muito. VOU
SEGUI-LA.
Se você gostar da minha, por
favor, siga-a também.
Beijos, Fanny. Beijos.
Muito grata, Silvio. São meros rabisco. Se tiver paciência para ler os textos mais antigos, verá que são de melhor qualidade... Ultimamente a inspiração anda pelas ruas da amargura...
Beijinhos e irei visitar o seu blogue.
Quando o sonho já não nos desperta, a vida perde sentido e somos devorados pelo vazio.
Abraço.
Juvenal Nunes
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