Há melodias e imagens que nos inspiram. Enchem-nos a alma no nosso recolhimento... as palavras começam a voar e a encontrar novos sentidos. Pura alquimia das letras que nos desenha sorrisos no coração e que gostamos de partilhar.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
O Amor é um rio que flui...
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Flor
Não cesses de caminhar, não
estaciones a vida em labirintos sombrios que não te elevam. Caminha na tua
solitude, no silêncio do teu coração e não te distraias com quem não te sente.
Aprofunda a tua verdade, a certeza que tu és única, especial e que não precisas
de quem te complete. Tu és a completude, tens o Universo dentro de ti. Não
temas as sombras porque o Sol habita em ti. Arreda as neblinas dos trilhos
passados e respira. Transmuta-te e sê a tua própria Luz. Não mendigues amor,
abraços, sorrisos... Tu és a tua própria Alegria. Sê a Paz. Busca a verdade em
ti, mesmo que as inquietações perturbem os teus momentos de plenitude. Não
bloqueies o Jardim Encantado que te espera. Deixa para trás as máscaras, limpa
as ervas daninhas. Tudo passa, tudo está certo. Quando te sentires desamparada,
senta-te, silencia, escuta a melodia do Universo. Percebe a mensagem que ele te
sussurra, deixa que ela seja a bússola do teu Ser. Floresce e sê a Flor mais
bela do teu Jardim.
Fanny Costa
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
No Paraíso do Poema
Amor, vem… entrelacemos as mãos,
deixemos que os nossos corações toquem as harpas dos sonhos entorpecidos.
Caminharemos juntos nas estrofes do poema que nos levarão ao infinito só nosso,
intrínseco e silente. Nas manhãs deste outono, os nossos passos serão plumas nos bosques de asas
brancas, em busca de melhores momentos que nos embalem
a essência no baloiço dos dias que se avizinham mais frios.
Vem, aninha-te no meu colo, a
lareira do sonho já crepita e os sorrisos já estão confortados. Sentes o calor
da vida? Escutas a melodia dos pássaros que solenizam estes instantes de
ternura? Vem, só assim poderemos voar na mesma asa, no calor robustecido do
nosso amor.
Vem, traz contigo o poema do teu
olhar, deixa-me repousar na sua suavidade e, se desejares, mergulha no lago dos
meus, encontrar-nos-emos no verso mais lindo… sem palavras, sem pontuação,
somente a rima da alegria, desta conexão encantada de almas. É tão bom sentir a
luz dos teus abraços nos meus, perceber a linguagem dos nossos silêncios, a
magia destes momentos (e)ternos em nós.
Fanny Costa
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Diálogo Interior
“Há feridas que trespassam o
meu sentir, as asas que sustinham o meu voo voaram noutra direção. Há ausência
de afeição, caminhos trilhados na solidão, abraços perdidos em algum canto
esquecido. Não há melodia. O som pereceu. Há agora o silêncio que me rasga o
ser em pedaços de bruma. Há uma face despida de sorrisos, olhos apagados sem
paisagem, sem sentidos, ilusões vãs, insensíveis”.
Dizes que já não sabes sentir? O
teu sorriso já não é uma estrela? Sentes-te abandonada? Não! O teu castelo não
é uma ilha, é um templo de sentidos que tens de reconstruir com os desígnios do
teu coração. O tempo avança, não se queda. LEVANTA-TE e CAMINHA. Dá a mão ao
tempo. Há um presente por desvendar. Dele depende o porvir da tua legação
existencial. Não sucumbas às trevas da dor. Há sorrisos a colher nos bosques de
asas brancas. As cítaras das fadas tocam na outra margem do teu pensamento. Não
escondas os teus olhos, liberta-os. Não guardes a memória da melancolia. Tu és
brilho, não vistas de negro a tua essência. Tu és Amor.
Vem… Princesa das Estrelas! Dá-me
a tua mão… leva as minhas asas, vai ao Bosque Encantado dos Anjos… Há uma
estrela que te espera num jardim que também é teu!
Fanny Costa
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
O Livro da Floresta
A floresta era um livro ancestral
e sábio que se estendia pela montanha das palavras. Desenhavam-se
arbustos elegantes no chão, bailados de flores, metáforas de amor que enlevavam
o horizonte. Ouvia-se o murmúrio das brisas aprazíveis, as trovas dos
pássaros que eram versos embelezados de sol. Os raios das árvores embalavam a
alma daquela mulher que sorria por aqueles trilhos encantados misteriosos,
que corria alegremente nos parágrafos do amor...
Mas os seus passos estagnaram na
página onde as brumas subitamente se adensaram... Os seus olhos mansos de
mar já não conseguiam passear nas palavras melódicas do seu coração.
Eram agora letras deformadas, embaçadas, sem sentido... Fechou delicadamente
os olhos, já não sabia ler, interpretar. Soltou os seus longos cabelos
tristes que baloiçavam naquela aragem húmida e fresca. Ousou mover-se nas
reticências daquelas linhas desordenadas, mesmo sem saber por onde ia...
Galgou os pontos de interrogação, de exclamação e foi...
E daquele livro, as páginas não
voltaram a ser folheadas, uma história incompleta, uma narrativa em
aberto, uma página turva e indefinida. As aves nunca mais beberam o
sol, nunca mais cantaram nas rimas daquelas árvores.
Fanny Costa
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Páginas Soltas
Permaneces (in)quieta junto à janela
do teu coração… há páginas que o vento da Razão desfolhou e as trouxe para
junto de ti. Sorris… mas há murmúrios de um som amado que se aparta transportado
pelas nuvens astuciosas da Ilusão. Há um silêncio amargo que jaz na tua voz, há palavras refreadas, cheias de dor, desencantadas, ancoradas no marulho do Tempo. Há
recatos que devastam as flores de um jardim etéreo que ainda florescia no
outono. Há melopeias interrompidas pelos sons do esquecimento. Há sorrisos
(des)iludidos, há olhos que se fecham… querem adormecer para SONHAR.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Murmúrio calado
A solidão habitava aquele olhar brando e apagado. Havia um murmúrio tácito que o coração abrigava no inverno do sentir. Os passos estagnavam na soleira da porta ainda cerrada, uma vereda sem saída, um labirinto perene onde a dor aluía em gritos de solidão. Não havia forma de devolver estrelas de sonhos agora extraviados. Não havia forma de resgatar a essência duma vida… percurso inacabado de um destino inanimado, pálido. A melodia solfejava notas de uma orquestra sem maestro, um cântico sem voz, uma letra dolente nas cordilheiras de uma ILUSÃO sem alento. A sineta do sonho nunca mais tocou naquele coração.
Fanny Costa
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Desassossego
Há vazios que se chegam a nós…
abraçam-nos insensíveis, oferecem-nos pétalas murchas oriundas de jardins
esquecidos, abandonados… fica no ar um perfume melancólico de passado, memórias
sombrias que escondem o sol da alma…
Por muito que se cerrem as
janelas do coração, o vendaval de lembranças invade a quietude do sentir…
revira o baú da alma, defuma no horizonte incensos lânguidos… plangentes…
disseminam ventos gélidos onde já havia mansidão… placidez interior…
Hoje eu queria caminhar, voar
pela imensidão dos sonhos que começavam a florir, hoje eu ainda queria acreditar
nos sorrisos de liberdade e primavera… mas as portas do horizonte permanecem obstruídas
e os meus passos continuam inertes na perplexidade amargurada do coração.
Fanny Costa
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
Beleza do Caos
Encontrei nos teus olhos as palavras da tua alma, nos teus lábios provei a magia de um silêncio sincero. Há embalos nos corações que nos levam para outros mundos onde a verdade tem asas luminescentes.
Hoje a jarra enfeitou-se de rosas
vermelhas, fragrâncias de sonhos resgatados pelas agruras do destino. Do caos
nasce a beleza mais pura da vida, tal como a Flor de Lótus que floresce na
lama. Há feridas que nos dão a luz almejada.
O Amor é uma canção que só quem ama pode
escutar, é um poema sem palavras que nos encanta com a sonância de rimas puras,
cada vez mais belas.
Fanny Costa
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Silêncio
Chama-me o silêncio, a voz impercetível do tempo que não passa… O vazio instala-se em mim, espraia-se em marés de amargura, vai e vem que me atormenta em gritos sombrios de desespero. O abismo cresce na minha alma… vertigem do momento que me atordoa num turbilhão crescente. O passado é um poema "desfeito" , um emaranhado de sons magoados que choram, lembranças presas nas rimas que ainda cantam. Deambulo no presente, sem rumo, alma perdida na noite, horizonte sem estrelas, luar foragido que se esvai por entre a solidão dos meus olhos. Perdi o futuro, talvez não esteja preparada para a aurora dos novos tempos. Talvez eu nem exista, talvez eu seja uma miragem do meu pensamento, uma flor espezinhada por uma esperança que agora fenece.
Fanny Costa
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
À deriva...
Há um instante em que balançamos na vida como um barco à deriva num mar revolto, sem direção. O nosso corpo não existe, é agora um brinquedo abandonado na monotonia de um sonho, na esperança que alguém o segure com umas mãos cheias de ternura. Esperança de uma alma que vislumbra o futuro, um adejar dos sentidos que pernoita no secreto lugar de um sonho esmaecido pela amargura dos dias.
domingo, 20 de setembro de 2020
Percebo o Silêncio...
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
Há silêncio
Há silêncio...
As palavras nem sempre ousam sair do casulo do coração, mas sentimo-las como se fossem carinhos ausentes. Por vezes há ruelas tão estreitas na mente que as letras se emaranham em labirintos de sentidos e a voz emudece.
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Horizontes
Gosto de voar mesmo que as minhas asas estejam impercetíveis, há horizontes etéreos onde a minha alma se aninha querendo o colo das nuvens.
Não sei a cor das nuvens, sei da imensidão dos meus
sonhos que flutuam. Gosto de me deitar na almofada deste oásis e pintar o
arco-íris que os meus olhos veem...
Fanny Costa
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Vida
Há momentos em que a escrita fecha as portas, enclausura-se na solidão. Os meus olhos caem perplexos na brancura de um papel isento de sílabas, de palavras. Cogito… e os meus olhos inclinam-se por entre as cortinas que esvoaçam pela janela do meu quarto. Espreito timidamente a paisagem e o meu olhar funde-se na beleza que os meus sentidos presenciam… o murmúrio das brisas, o sol que acende o dia e nos promete a luz do céu… as flores que desabrocham nos jardins silenciosos, cheios de melodia, como se o piano da natureza estivesse a tocar nas teclas do coração… há um milagre chamado vida.
Eu chamo-lhe o POEMA de Deus.
Fanny Costa
domingo, 2 de agosto de 2020
Flor Etérea
Pai, eu sei que já estás na Luz Divina! Amo-te!
terça-feira, 21 de julho de 2020
Solitude
Há um bailado de palavras, na solitude do coração, a dança é apenas uma quimera, o sorriso de uma asa almejando voejar no cântico eloquente das brisas deslumbradas.
Há um sonho acorrentado, o nevoeiro dos dias sem o sol da liberdade...a esperança que ainda entoa nos violinos etéreos da alma...
Fanny Costa
segunda-feira, 6 de julho de 2020
Tesouro da Alma
sábado, 4 de julho de 2020
Demanda
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Veredas da Vida
Por vezes, parava e pensava o motivo de tantos obstáculos e tantos desejos adiados. Por que tantas sombras apagavam os seus sonhos cheios de sol que lhe aqueciam a alma e lhe devolviam sorrisos esquecidos?! Qual a razão de tantos caminhos nublados e gélidos, se ela só almejava a paz, o Amor, a serenidade que embalasse o seu Sentir? Ela queria VIVER!
Fanny Costa 🦋