Escrevo-te de um lugar que não existe, um jardim de sentidos, ausente de
ruídos onde a harpa dos anjos toca e me eleva o espírito. As palavras regressam
ao oásis do meu sentir e o amanhã sorri com a luz do sol que pousaste nos meus
lábios cansados. Hoje creio na eternidade, no oceano dos teus abraços que
desaguaram no meu peito, creio na magia dos teus olhos que albergam as
florestas dos sonhos e me convidam a permanecer. Hoje, a noite tem o luar do
teu amor pleno de Luz e de estrelas que despertaram com o teu murmúrio no meu
coração silente… suaves murmúrios a guiar os meus passos que se perdiam no dédalo da existência.
Quero-te em mim, sem relógios… quero ouvir o poema da tua alma a acolher no
meu regaço… quero sentir todas as palavras, todas as rimas guardadas neste
espaço sem portas e sem janelas… Tu és o Templo Sagrado onde quero entrar, és o
meu abrigo… És o enigma almejado deste
Ser tresmalhado há tantos séculos!
Fanny Costa