Gosto de estar na quietude do
silêncio. Apraz-me sentir os acordes da minha solidão. A melodia que ecoa de
dentro, em segredo. Um lugar só meu onde a minha alma dança, voluteia. Sempre
fui muito introspetiva, uma necessidade intrínseca de me encontrar nas alamedas
dos meus sonhos sem sentidos proibidos. Gosto de passear nas estrelas,
escorregar no arco-íris, voar nas asas doces do vento. Abstrair-me da realidade
é a ponte para a felicidade. É um refúgio que me abraça. É um murmúrio que me
sorri. Por vezes, é um poema que nasce no silêncio de uma página em branco.
Autoria: Fanny Costa